terça-feira, dezembro 30, 2003

Para acabar de vez com o Natal

Se encontrarem por aí o meu pai digam-lhe onde estou.O homem de quem mais se fala todos os anos por estas alturas, não nasceu no dia 25 de Dezembro coisa nenhuma. A Sissy Spacek é que nasceu naquele dia, ela e mais milhões de anónimas pessoas em todo o mundo. O mais provável mês para o nascimento do Gajo terá sido algures durante Abril, curiosamente altura em que se celebra a Páscoa (agora imagine-se que algum dia se descobre que Ele afinal morreu em Dezembro... as comemorações estariam todas ao oirártnoc, seria de doidos!). E mais, o Fulano nasceu 5 anos antes da data convencionada. Já ouvi falar em bébés prematuros mas isto é ridículo! Estamos portanto em 1998 d.c. e a ideia de poder celebrar mais uma passagem de milénio devia, isso sim, encher os nossos corações de alegria.
Mas as PEQUENAS incorrecções bíblicas não se ficam por aqui. Reputados historiadores e cientistas que se deram ao trabalho de ler as entrelinhas e as letras mais pequeninas que nunca ninguém lê, descobriram coisas ainda mais interessantes. Quem pagou a conta da ultima ceia, é tema para se discutir ainda por muito século vindouro. Mas para se descobrir quem foi afinal o verdadeiro pai de Jesus Cristo, não foi preciso chegar aos testes de DNA. De facto, a história daquela gravidez inesperada que já deixara José com a pulga atrás da orelha mas com a comichão na testa, parecia muito mal contada. Ainda mais porque diziam as más línguas da época, que a boa da Maria andava enrolada com um soldado romano, um tal de Pantera de alcunha, de nome que não reti mas que sei era nomen tipicamente romano. José, mais velho e pai barbudo de alguns filhos de outras legítimas uniões, quiçá igualmente azaradas, já não dava para o gasto, e a Jovem Maria (o epíteto virginal foi mal traduzido da palavra hebraica que significa Jovem e não Virgem), lá inventou o mais famoso e tangueado alibi de todos os tempos para esconder a facadinha no matrimónio, e que lhe valeu uma viagenzinha de burro até outras paragens.
Posto isto, perante estes factos científicos por mim assimilados numa destas manhãs frias de Dezembro quando frente ao televisor aguardava pacientemente pela chegada dos saldos, o Natal só tem lógica até aos nossos 5, 6 anos, idades em que normalmente deixamos de acreditar nessa simpática, assumida e incontestavelmente inventada figura que é o Pai Natal. Nessas idades pensamos que o tal de menino Jesus deve se apenas mais um puto qualquer mas que terá algo de especial e portanto será o preferido do Pai Natal, o primeiro a receber prendas, tipo logo á meia noite (as minhas só chegavam por volta das 6 ou 7 da manhã, quando já raiava o sol. Estaria portanto lá para o fim das preferências do velhote).
Nesta época deviam-se comprar só brinquedos para os nossos filhos, para os filhos dos nossos amigos, para os filhos sem sorte, e para os dos vizinhos, caso fossemos assim mais a dar para o cínico.

Este post foi escrito GRAÇAS A edp, pela oportuna energia eléctrica fornecida ao meu equipamento informático, ainda que a troco duma parcela do meu ordenado.
E mais agradecimentos:
À rtp1 que oportunamente exibiu um documentário sobre a VERDADEIRA vida de Jesus.
Ao lidl que oportunisticamente importou da Alemanha a pilsener Fink Brau (4,7% vol.), companheira e musa deste post em particular.


Presumo que fui um pai severo. Sempre disse aos meus filhos: façam o que quiserem, o enterro é de vocês.”
Charles Chaplin, n.16-4-1889 / f.25-12-1977 (alguém em quem valia a pena acreditar).

sábado, dezembro 20, 2003

É da época (reloaded)

Que desperdício!...and...Do que é que estavas á espera ?!
(Imagem originalmente gentilmente sacada algures do cafepress.com; imagem maior e adicional, cortesia posterior de Anton)

sexta-feira, dezembro 19, 2003

Uma história, por acaso, dum Natal

Um filho dum deus menor!Assisti a várias matanças de porcos, principalmente quando era puto, acreditava eu ainda no pai natal. Na ultima, já homenzinho, a vítima tinha sido baptizada com o nome de Fritz. Um grupo de malta juntou-se, decidiu comprar um porquito pequeno, leitão, chinito, trazê-lo no carro e entregá-lo a um homem também 'ito', dono de uma quinta, para que, conforme previamente combinado, o cria-se com todo o 'amor & carinho' até estar bom para se matar, esquartejar, comer e elogiar o sabor da carne. De facto, o bicho desde que entrou naquele curral, fazendo companhia a novos amigos e vizinhos, esqueceu decerto rapidamente a mãe e restante família que deixara para trás, e, ganhando novas raizes, não mais saiu das nossas vidas durante alguns meses. Tinha direito a visita regular, crescimento acompanhado, atenção redobrada sobre o seu estado de saúde, peso principalmente, cenouras e bolotas que caprichosamente comprávamos e apanhávamos das matas circundantes.
Assistíamos embevecidos ao seu crescimento e indiferentes ao desaparecimento e chegada de novos amigos suínos aos quais naturalmente pouca atenção dávamos não estando os mesmos sob a alçada do nosso sustento. O nosso ?carinho?, ia todo para o Fritz, o nosso orgulho, e parecia-nos a nós ser o mais belo exemplar que ali estava, que tínhamos tido muita sorte, que o vendedor tinha sido pessoa honesta e recomendável, o tratador seguia escrupulosamente as nossas instruções: para o Fritz, apenas da melhor ração, mas de preferência, apenas dos melhores restos de comida.
Como o dia da matança estava para breve, enquanto preparava-mos as câmaras de filmar e fotografar, alguém afiava as facas e lavavam-se alguidares. E quando chegou a hora, naquela manhã fria à beira dum Natal, o bicho, estranhamente, não veio ao chamamento como sempre fazia. Não havia bolotas para ninguém e parecia que adivinhava. Os porcos também tinham 6º sentido e nós, sentido nenhum, concluí quando o ouvi guinchar, quando o vi puxado á força, quando me chamaram também a mim para ajudar e eu recusei, recuando para mais tarde ser alvo de chacota. Era preciso chamar o dono da Quinta, o pai do Fritz, sim, pai, que pai e mãe são quem cria e não quem pare. E lá veio o 'homezito', aquele seu sorriso de quem já esperava, de faca afiada, de quem já sabia que aquela meia duzia de marmanjos não conseguiria sequer apartar o bicho dos outros porcos. 'Anda cá Fritz, vá anda cá meu menino, isso amigo, vá vem...' Fritz para além de porco tinha muito de burro e lá veio na cantiga até ao local escolhido, até começar a guinchar de novo, até ser novamente agarrado por duas mão em cada pata, outras ao pescoço, na barriga, junto á fogueira que eu tinha ajudado a acender. O homezito lá espetou a faca no amigo, e nós matámo-lo, e como se não bastasse, comemo-lo.

Arrogância da pior espécie

Podes crer!Imagina-se a seguinte teoria marada, saída da cabeça dum gajo qualquer: Alguns homens já nascem com uma propensão genética para serem cornos.
Continua-se a imaginar, que alguém garante ao outro lado, com a mais absoluta das certezas, que não nasceu com essa propensão genética, pelo que jamais foi ou será vítima de tal má sorte, jamais será corno, cornudo, cabrã*, por maior que seja o precipício, por muito que à beira dele se encontre. Esta certeza confessada oralmente com esta convicção, faz automaticamente desse alguém, não um gajo estúpido ou ingénuo, antes um gajo arrogante, da pior espécie.

quarta-feira, dezembro 17, 2003

O cu de Deus

Pormenor dum quadro de Bruegel Vivo o drama diário de quem tem um horário a cumprir. Se chego depois dos 15 minutos de tolerância, tenho que fazer um pequeno ritual, a que muitos apelidam de “O beija mão...” e que consiste em arranjar uma desculpa plausível ao “chefe”, apresentar-lhe um relatório resumido daquela nossa pontual incompetência, apaparicá-lo, se for necessário, beijar-lhe o cu. Não sei se o gajo está ciente disso mas, naturalmente que 90% das desculpas que damos por qualquer lapso temporal, são tangas inventadas durante aquele período traumático, durante aquela fase em que já só pensamos “e agora caraças ?!”, em que o chegar atrasado é já um facto irreversível. É que quando saímos de casa, por mais atrasados que estejamos, pensamos sempre que chegaremos a tempo, que haverá uma conjugação de factores cósmicos e paranormais que farão com que todos os sinais estejam verdes á nossa passagem, que não hajam lesmas pelo caminho, que não haverá bicha na ponte, e outras ausências ou ocorrências de outros factores que influenciam a nossa performance a caminho do trabalho.
No caso concreto de hoje, não aconteceu aquilo que geralmente acontece entre as 7h30 e as 8h00. Hoje não parecia um maluco a fazer ultrapassagens a torto e a direito apenas para ganhar uns lugarzinhos a mais lá à frente na bicha. E quando fui ao “beija mão” (nunca lhe beijei o cu, é com muito orgulho que o digo), mais atrasado que nunca, é óbvio que não poderia dizer a verdade: Que tinha estado acordado até de madrugada porque estivera a ver o episódio "End of Eternity" do “Space 1999” em DVD, e depois, o “Cubo” na RTP2, e que, apenas por descargo de consciência, quando tinha mudado para a SIC, estava um gajo a sodomizar (parecia) uma preta (ou negra se preferirem), facto que me tirou imediatamente o pouco sono que tinha e me fez automaticamente prestar atenção à estória que, confesso, tive dificuldade em perceber. O gajo, o chefe, nunca iria compreender o porquê das minhas olheiras e barba por fazer! E lá inventei uma tanga qualquer, a qual recebeu a benção com mais benevolência que o costume, sem direito a rebocada e tudo. Interrogo-me se o gajo estará realmente ciente, de que mesmo os atrasos resultantes de noticiadas catástrofes naturais, ou monumentais engarrafamentos ou choques em cadeia, são sempre ficcionados pelas vítimas, ninguém resiste a adicionar uns minutos de pura ficção para tornar a desculpa ainda mais plausível. Talvez, aquela benevolência com que aceitou a minha desculpa, tenha sido influenciada pelo meu estado de espírito de hoje, pela descontração involuntária que demonstrei, a grande eficácia com que fiz a exposição da tanga. Resultado decerto duma nova perspectiva de “vida a caminho do trabalho” que me fizeram ver ao início do dia, da viagem: “Vai com cuidado, olha que mais vale beijar a mão ao chefe que o cu a Deus.”

terça-feira, dezembro 16, 2003

Estória do menino Carlos em Angola (reloaded)

Achei desconcertante aquela introdução “Olá ?!... Olá?!... Não estou a ouvir nada! Digam Olá!! Ah, pronto...” ... Então olá e agora vou contar-vos uma história de quando eu tinha idade para ser vítima de pedofilia... Foi assim ontem á noite no telejornal da SIC, inesperadamente, na integra, chegou-nos uma muito bem contada estória de Natal gravada ao telefone dos calabouços do EPL. Achei a ideia simpática, a SIC podia até doar permanentemente um espaço, na sua já de si mediocre programação, para tempo de antena aos arguidos presos em prisão preventiva. Ouviriamos deliciados as suas estórias, isto apesar de cá fora todos termos histórias de infância de sobra para contar.
Um sentimento ou chamemos-lhe feeling que sinto em relação a tudo o que Carlos Cruz tem feito, os recursos dos recursos, as crónicas e elogios das mulheres e ex-mulheres, os apelos e almoços filmados dos amigos, as capas de revista do casal então feliz, as estórias de Natal, tudo, acho que era tudo o mesmo que eu faria ou promoveria, se estivesse numa situação semelhante, figura pública presa e... me soubesse culpado! É óbvio que imaginarmo-nos naquela situação é um exercício díficil, e pode ser que seja apenas o estilo “1,2,3” do homem, estilo que pessoalmente nunca admirei, que já o transformou numa figura mediática da televisão, que conseguiu trazer o Euro 2004 cá para dentro, talvez aquele mesmo estilo e estratégia certa para lhe trazer a liberdade.
Embora acredite menos no Pai Natal que nele, acredito mais na Justiça e inclino-me para essa ideia feita que diz que onde há fumo há fogo. Acredito que não é de animo leve que se podem prender várias figuras mais ou menos importantes e mediáticas sem que hajam contra elas efectivamente provas fortes e evidentes. Acredito que ele teria estado envolvido nalguma coisa menos limpa, mas que talvez do seu ponto de vista não será tão suja quanto um bem engendrado complot quer fazer parecer, não se revestiria duma gravidade tal merecedora duma prisão preventiva. Ele, os seus advogados, apostarão tudo nessa convicção, nesse processo de vitimização que continuamos a assistir.

Apanhado

Saddam. Faltam só o Bush e mais uma dúzia.

Publicidade gratuita #3

Quando já julgava que existiriam castanhas podres em toda a parte, Setúbal, Praça do Bocage, o homem das "quentes & boas", e grandes e saborosas também, dá duas por cada podre que encontrarmos na duzia. Não encontrei.

segunda-feira, dezembro 15, 2003

O Gustave é que sabia

"Tenho meditado numa coisa que aliviará a minha cólera (...) vomitarei sobre os meus contemporâneos o mau gosto que me inspiram.", Flaubert (1821-1880)

sexta-feira, dezembro 12, 2003

Notícias do Espaço

- Na cama sou capaz de te levar á lua!Felizmente até agora todos os extraterrestres que apareceram falam um inglês impecável e há tamanhos de roupa para eles na Zara. No ultimo episódio, uma extraterrestre muito bem penteada apaixonou-se pelo comandante Koenig e o gajo deu a face. Quem começou a ver o caso mal parado foi o pai da pequena prateada que gostava mais do humano como cobaia para as suas experiencias antropológicas que como genro. A ideia de ter netos com a cara do comandante começou a atormentá-lo e vai daí, foi uma trabalheira separar os pombinhos e recambiá-lo de volta para a base lunar onde a Dra. Helena o recebeu sem cíumes e sem saber do affair.
Saruman mais novo, quando era fã dos Kiss! Os episódios sucedem-se psicadélicamente delirantes e sucedem-se as aparições de actores ainda mais clássicos que a própria série: Christopher Lee, um dos mais famosos dráculas de sempre, o Saruman do "Senhor dos Anéis" ou o Conde Dooku da "Guerra das Estrelas"; Peter Cushing o eterno Van Helsing e o barão Frankenstein, ambos dos saudosos filmes de terror dos anos 60/70 da Hammer.
Cada episódio do "Espaço 1999" é uma pequena e bem hermética obra de arte tecno-kitsh imperdível. Sempre que se justificar e não tiver mais nada que escrever, voltarei á antena com mais notícias.

quarta-feira, dezembro 10, 2003

Buy n' play

BUY
Como qualquer gajo com mais de 30 anos, não pude deixar de ficar indiferente ao acontecimento editorial do ano: a edição de todos os episódios do “Espaço 1999” em DVD (1ª fase composto por 6 = 25 episódios). Lá mandei vir o pacote, a minha primeira compra pela Internet.
PLAY
Passados todos estes anos, senti alguma emoção quando no écran vi surgir o celebre genérico da série, com a sua inconfundível musica e a as habituais cenas do episódio que iremos ver dentro de momentos. Só por esta comoção, dei automaticamente por bem empregues as 10 mocas. Depois comecei a ver a série, vinte e tal anos mais velho.
As interpretações estão muito convincentes, os decors a la 2001 estão fabulosos e as histórias tem um dom psicadélico que justificou o encantamento de toda uma geração.
PAUSE
A lógica dos episódios do espaço 1999 acenta no seguinte princípio: “Tudo o que pode correr mal, vai correr mal”. Depois, para resolver a história, 90% das vezes sem explicação, “tudo o que deveria correr mal, vai correr bem”. É linear e para mais explicações é favor dirigir-se á inteligência cósmica suprema mais próxima da lua.
Aqui ficam algumas observações, após 3 episódios visionados. Sempre que achar oportuno, voltarei á antena.
Personagem mais dispensável:
Mr. Kano. Em vez dum bem disposto Eddy Murphy, o negro de serviço é pessimista, ri muito raramente e só nos segundos finais dum episódio. Curiosamente, era a personagem de quem eu mais gostava quando era puto. Nas minhas brincadeiras fazia sempre de Kano, enquanto os outros putos todos se degladiavam para ver quem fazia de Alan ou de Comandante. Isto pode explicar muita coisa...
Personagem mais desprezível:
Mr. Paul. É o homem de confiança do comandante Koening. Um “yes man” de bigodes desprezível que logo no 2º episódio, assim que vê Sandra perder o namorado, começa a fazer-lhe olhinhos. Não se faz! Se a minha memória não me falha, o Alan ainda lhe há-de ir aos cornos num episódio lá para a frente e que quero ver se não perco.
Personagem mais comestível:
O panorama é deprimente. Nesta primeira leva de episódios ainda não aparece a Maya, que como é sabido, era mulher e tinha ainda a vantagem de se poder transformar em qualquer outro objecto vivo. Ainda assim, a Dra. Helena leva grande vantagem sobre Sandra. Apesar desta ultima ser mais nova, é baixinha e parece presa demasiadamente fácil. A outra parece sempre mais inacessível, para a idade está muito bem conservada e, apesar daquele ar sempre impassível, consigo facilmente imaginá-la de saltos altos e lingerie preta.
Personagem mais interessante:
As Eagle. As navezinhas são um verdadeiro espectáculo. Têm manípulos de mudanças e são bastante confortáveis. Não há ali nada de imagens de síntese, apenas aqueles modelos reais que fazem um basqueiro para levantar voo e aterrarem. Gostava de receber uma daquelas miniaturas no natal.
Truque#1 para se ver da melhor maneira o “Espaço 1999”:
Aqui fica apenas mais um truque para quem quiser ver a série e suprimir por completo qualquer pequeno vestígio de tensão que eventualmente possa sentir durante o desenrolar dos acontecimentos de cada episódio: sempre que aparecer uma eagle a ser pilotada por alguém sem ser o Alan, é certo, era uma vez uma nave.
RESUME PLAY

Sociedade Secreta De Tetas Invasoras

Provavelmente, o blog com o título mais sugestivo da história. É da galera.
e ainda...
Acabadinho de descobrir e directamente para os meus links de eleição: A Gaiola Aberta. A par com o "Espaço 1999" um dos maiores 'musts' da minha infância. Agora em blog posted by José Vilhena himself.

terça-feira, dezembro 09, 2003

Missão cumprida

Um casal de idosos, que nunca foi a Marte, vive os seus últimos dias satisfeito porque, entre outras coisas, o filho, pessoa estimada por todos e invejada por outros, conseguiu passar pela vidinha, por esta vidinha, sem nunca dar em louco. Coisa rara, já dá para morrer feliz.

Ultima hora

Fico a saber, existem homens bonitos demais para o gosto das mulheres. O contrário nunca se saberá.

sexta-feira, dezembro 05, 2003

quarta-feira, dezembro 03, 2003

Duas consoantes e duas vogais

Não tenho o prazer de conhecer pessoalmente a loira Lili Caneças mas calculo que seja uma personagem absolutamente adorável. Ela sabe ser e estar, irradiando sempre uma invejável espontaneidade pura e profunda por todos os seus plastificados poros. E da sua modelada boca, de tempos em tempos, saem deixas deliciosas, pérolas de sabedoria. A juntar à colectânea que agora me proponho fazer, depois de “estar vivo é o contrário de estar morto”, neste Domingo, no programa do Herman, aludindo ao esforço que o seu conpinska Carlos Castro estaria a fazer para organizar mais uma gala dos travestis: “Ele tem sido incansável, tem trabalhado 24 horas por dia e por noite...”. Nós ouvimos-te Lili.

terça-feira, dezembro 02, 2003

Corridas

A visita relâmpago de Bush ao provavelmente mais bem guardado local do mundo (aeroporto de Bagdad e cantina dos militares americanos) foi dos maiores golpes propagandisticos do século e provavelmente valer-lhe-á a re-eleição, “read my lips”!.
Embora tenha sido a ideia que transmitiu, não teve nada de heróica ou corajosa a atitude do senhor da guerra. Mas e o que têm esses valores a ver com o marketing político ? Igual a si, mais esperto que inteligente, Bush marcou pontos. As imagens dele a servir os militares ou a segurar uma travessa com um peru, são fortes e valem mais que vê-lo a comer frango assado com as mãos. Repararam como ele estava bem ? Sem duplos! Certamente que o George terá tido horas e horas de treino.
De volta à América, vestido o mesmo blusão ainda com cheiro a peru, Bush acenou para a multidão virtual que o aguardava, como sempre, fazendo adeus para as câmaras, tranquilizando e enganando todos, como eles gostam. Não o ponham a correr dali para fora que não é preciso!
...
Terminado o sorteio do Euro 2004, palavra ao futebolista da selecção nacional: “Infelizmente a sorte não nos acompanhou!” Futebolista e basta! Ok, já sabemos que todas a s equipas são boas e que as que nos calharam no sorteio, essas então, nem se fala. É sempre essa a conversa, a nossa sina. Sorte sorte era Portugal, como país organizador, estar automaticamente apurado para a final!
A ideia de que não é preciso jogar bem, antes esperar pela sorte ou pelo azar, parece estar perigosamente enraizada nos jogadores da selecção. Ponham-se a olhar para a cor das camisolas dos outros e não corram que não é preciso!
...
Oiço na rádio que o próximo hospital a construir em Loures terá uma área equivalente a três campos de futebol. A área ardida este ano pelos fogos florestais terá sido equivalente a vários milhares de campos de futebol. O meu carro percorre baliza a baliza em 22 segundos. Na assembleia da republica existem deputados equivalentes a 20 equipas de futebol. A minha casa é do tamanho duma pequena área. Apareceu-me nas coxa um inchaço do tamanho de uma marca de grande penalidade que não sei se será grave, mas custa-me correr! É urgente a publicação duma tabela de conversão das medidas futebolísticas para as do costume e vice versa.
...
Parecemos cada vez mais um país miserável á babugem de uns trocos estrangeiros. Nós e as nossas contrapartidas, sempre prontos a receber de braços e sabe-se lá que mais aberto, prestigiados eventos desportivos e outras mediáticas organizações, que venham elas. Supostamente serão estas coisas que nos darão reputação, a evolução do país está dramaticamente dependente das expos, americas cups, e euros.... Mas quem nos anda a meter estas coisas na cabeça ? Não podemos correr com as nossas próprias pernas ?
...
Os taxistas querem que as corridas a partir do aeroporto de Lisboa tenham uma taxa mínima para compensar o tempo de espera que têm de fazer. Ex: estão na bicha dos taxistas na palheta uns com os outros uma ou duas horas para depois quando chega á vez deles o cliente querer (apenas) uma corrida até Entrecampos! 500 paus ?!! Assim não rende! A lógica daqueles senhores é extraordinária: O cliente tem que pagar também o tempo que eles esperaram! Mas, alguém os obrigou a estarem ali ? Que se lixem! Quando é que o metro chega ao aeroporto, quando é que o aeroporto é servido com meios de transporte condignos ? Corram-nos dali para fora!

De volta ao Blogger

Depois de uma passagem pelo Weblog, o espécie volta ao Blogger.