segunda-feira, junho 30, 2003

Finalmente
...Relatório Minoritário – Aquela necessidade dum final tão ostensivamente feliz, um desculpem qualquer coisinha para nos repor os abalados índices de confiança... O filme podia ser muito bom não fosse tresandar a Spielberg.
...Um Roupeiro Para o Quarto – Depois de várias idas ao Aki, uma broca partida, alguns milímetros de desalinho e muito pó do estuque nos olhos, consegui terminar a primeira fase. Eu sei que a fase das portas de correr vai ser ainda mais difícil. Mas um gajo não pode virar as costas ao alicate, tem que ter confiança nas suas capacidades e nos folhetos faça você mesmo. A bricolage é uma boa maneira de se poupar dinheiro e ficar com os dedos roxos.
...Clube de Combate - Extremamente eficiente. Os revolucionários do sofá, apreciadores de filmes que façam pensar, têm aqui mais um desses happenings consensuais mas no fundo inofensivos. A par com Trainspotting, é uma referência para um público consumidor de supostos frutos proibidos, ritual de pretensa lucidez underground e contribuição para a demanda anti-sistema! Hollywood agradece.
...Sardinhas Assadas – Opto pelo barbecue descartável. Explico, um pequeno fogareiro preto, daqueles baratos que dão vontade de dar pontapés e enferrujam facilmente, carvão, peixe, pão e umas mãos sujas com carvão... Tudo o que é preciso para uma sardinhada. No final da época deita-se fora o fogareiro e pró ano compra-se outro. Aqueles barbecues todos catitas e onde afinal também se apanham de vez em quando sardinhas pisadas, ficam bem é na casa do vizinho. Olha, lá está o gajo a puxar-lhe o lustro.
...Mulholland Drive – O pior filme de Lynch, um gajo com muito bom gosto mas incompreendido.
...Posto de EscutaDescobri. Na realidade não devo dizer nada de absolutamente relevante ou minimamente original para merecer constar naquele repertório de tiradas da nata blogueira nacional. Já desconfiava mas é sempre bom termos a certeza. Como provavelmente só falo para as paredes, poderá ser esta a vingança do boneco ? Preciso duma garrafinha de água com gás.
Profecia #1
Façam copy & paste do que escrevo: E chegará o dia em que mandar um gajo ir blogar será pior que mandá-lo á merda!

sexta-feira, junho 27, 2003

- Estou inocente porque não fui eu que casei. Foi a minha irmã gemea!Icone 5.0
Podia dar um anime a atribulada vida sentimental da Sofia Alves, uma gaja que, segundo as revistas da especialidade, parece andar com outro, ou seja, parece ter finalmente encontrado mais um homem da sua vida. Há gajas (e gajos) com muita sorte! Muito boa rapariga há por aí que nem unzinho consegue encontrar, casando e parindo, já em quase inconfessado desespero, ao mínimo sinal de fumaça. E depois é episódio de telenovela atrás do outro e o suspiro continuo pelas cenas dos próximos capítulos que muito provavelmente nunca passarão disso.
Estava longe de pensar alguma vez escrever aqui sobre a Sofia, contemplá-la como ícone. Confesso que a pequena não entrava no meu ranking onde dou primazia a gajas mediáticas e belas (boas) sim, mas com um je ne sais quoi de divinal e um subtil look mais ou menos esfomeado. È uma palavra crua e algo rude, eu sei, mas acredite-se, a mais adequada para exemplificar o meu critério. Uma certa fome dá profundidade a uma mulher. E de pouco nutrida, a Sofia não tinha nada. Uma coisa eram aquelas personagens ousadas que a actriz muito bem interpretava, que levantavam as saias e mostravam os seios (Ballet Rose, certo ?). Mas era por uma óbvia boa causa, o seu ganha-pão artístico. Outra coisa eram as suas aparições publicas, a vida real, onde inalava aquela beleza encarnada duma Nossa Senhora, a espiritualidade duma Madre Teresa e a sensibilidade duma escrutinadora do totoloto. É bom de se ver, que a Sofia tinha aquele ar de amiga solteira da nossa mãe, daquelas que aparecem ao lado dela naquelas fotografias a preto e branco do já longínquo casamento. Aquele ar nada inspirador de boa rapariga que mesmo que não fosse casada, jamais se divorciaria ou apareceria desnudada numas quaisquer páginas centrais, a não ser, claro, também por uma óbvia boa causa.
E agora, numa clara manifestação de muito sangue na guelra, Sofia surpreende todo o universo consumidor da vida alheia, desde o mundo machista, à dona de casa que é a primeira a dizer que já se esperava, que nunca, deixava o meu marido e um filho bébé para ir para África, nem por todo o dinheiro do mundo (...) e a segunda a suspirar que nem pelo Diogo Infante que, ai, é um desperdício (!). Já te estão a apedrejar Sofia! Coragem, não te deixes acertar por estes arremessos de dor de cotovelo e inveja, e segue rumo à ilha da Caras mais próxima.
Anedota de elite #3
"Se um dia a pessoa que amas te trair e decidires atirar-te de cima de um prédio, lembra-te:
Tens um par de cornos, não de asas."
,in minha caixa de correio electrónico

feedback de elite #1
"O duro não é carregar com o peso dos cornos, o duro é... sustentar a vaca!"
,in minha caixa de correio electrónico

feedback de elite #2
Contrariando esta tese, "na Argentina, uma mulher traída resolveu atirar-se de cima de um prédio. Caiu em cima do marido adultero que faleceu ali mesmo. Ela, dada a qualidade do amortecedor, sobreviveu, e no hospital apaixonou-se por um enfermeiro. Casaram-se e são hoje muito felizes...." (suposta história verídica. pelo sim, pelo não, vivem hoje muito felizes mas num rés do chão esquerdo)
,in minha hora de almoço

quinta-feira, junho 26, 2003

Americlones
Uma infame colagem da intrigante treta MATRIXiana com a intragável treta bíblica, pode ser localizada em http://webpages.charter.nset/btakle/matrix_reloaded.html. Os americanos são especialistas em teorias da conspiração, em encontrar coincidências e ligações que mais ninguém no seu perfeito juízo encontra. Já terão reparado que na palavra Matrix, nenhuma letra se repete, começa por M e termina num X ? Isto deve significar alguma coisa...
Sósias em casa
Uma réplica perfeita dessa autêntica mata cabritos que é a conceituada e biguebrodarizada actriz Rita Ribeiro, pode ser localizada na saída da Rua da Escola Politécnica do metro Rato, lojinha das roupas sempre cheia de mulherio diverso. Nunca passei da montra mas as excursões até ao local são em autocarro de gran-turismo.
(Re) produções Fictícias
Reproduções das típicas piadas sobre os fait-divers que diariamente brotam espontaneamente entre colegas de escritório ou pessoal da estiva à hora do almoço ou durante o expediente, podem ser localizadas por volta das seis e meia da tarde em 87.5 (TSF). A coisa, que não está com nada mas lá se arrasta com o nome de “Estou quem fala”, é composta por um gajo e uma gaja que, desprovidos do necessário jeito que dava jeito, lêem os textos supostamente como se os estivessem a interpretar ao telefone. É a mais recente incursão radiofónica dessa trupe pseudo-genial e em toda a parte intocável, que vai buscar sempre o osso onde quer que ele se encontre.
Ideia para um final nem sempre feliz
... ela espera ansiosamente pela chegada dum meio de transporte qualquer, quando um desconhecido com aspecto de bom desconhecido lhe pergunta:
- “Desculpe, mas o que está a usar, não é Denim ?”
Ela desmaia nos seus braços e vivem assim para sempre.
Suportável
Entrar numa boca inexplorada que cheire mas não saiba a tabaco é suportável.
A trela
Uma mulher como algumas, caminha a passos largos em direcção a um largo qualquer. Calça uma espécie de sandália, projectando para a frente os dedos dos pés, que saem assim fora do alcance da sola em couro cerca de um centímetro, tocando carne com chão, no alcatrão, nas pedras da calçada, no cócó de cão e até na gravilha, consoante, porque para além do ziguezague que faz para se desviar dos automóveis mal estacionados, a rua, que é a descer, está em obras. Por incrível que pareça, ela não dá por isso, convencendo-se antes que alguém a persegue a passos curtos. Decide então parar e aguardar pacientemente que o perseguidor se aproxime, enquanto aproveita para medir com uma régua a medida atrás especulada, isto numa clara demonstração do quão pacientemente parece aguardar. É um cão, que passa por ela cheirando tudo e nem água vai nem água vem. Perplexa, a mulher agora com sede, abre o cantil que trás a tiracolo e coloca os lábios pintados no gargalo, começando a emitir sons que pelo eco denunciam um cantil vazio. Aproxima-se então dum homem que está agachado e se penteia no espelho lateral dum carro verde bem estacionado. Pergunta-lhe, com a voz ainda meio embargada da sede, que tipo de shampoo ele usa da seguinte maneira, o senhor desculpe mas julguei que estava a ser perseguida, sempre que isto acontece dirijo-me à primeira pessoa agachada que encontro e pergunto-lhe como faz para evitar a oleosidade no couro cabeludo. O homem levanta-se, sacode caspa dos joelhos e responde-lhe se entrar dentro deste carro verde eu confesso-lhe tudo. A mulher que queria a todo o custo obter uma resposta para a verdadeira questão que era porque andava sempre precisada duma boleia, entra, de imediato apercebendo-se que por dentro o carro verde é mesmo um carro verde só que com a pintura riscada. O homem senta-se a seu lado e pede-lhe com os olhos e as orelhas para ela lhe dar a mão, coisa que ela acede, tirando insidiosamente um dos anéis e uma das sandálias. Na sua mão o homem coloca-lhe uma trela de cão, colando-a com cola cuspe, espalhada uniformemente com uma língua desconhecida mas que não deixa marcas de batôn, ficando-se sem saber se houve esse cuidado. Por diversas vezes é-lhe pedido que ponha o dedo. Ela acede. Ela acede sempre. Pede-lhe a outra mão, desta vez só com os olhos. Ela acede. Ela acede sempre, mas não descalça a outra sandália porque há algo de inteligente naquela imagem reflectida no pequeno espelho de make-up. O homem descalça-se e toca com os seus dedos dos pés nos do pé descalço da mulher. Ela estranha que ele só lhe toque no pé descalço quando está o outro calçado mas também com os dedos expostos, e pergunta-lhe porque me pediu a outra mão ? Ele responde, julgava que fosse assim que gostasse. Ela volta a calçar-se e o homem visivelmente atrapalhado com aquela reacção inesperada, assobia, dando ao mesmo tempo à manivela. A porta do carro verde abre-se gradualmente e de repente a mulher é puxada violentamente para exterior indo agarrada atrás da trela. Desaparece da vista de toda a gente e não se ouve ladrar. Minutos depois surgia no local um outro homem, depois identificado como marido da mulher, que gritava desesperado se alguém vira por ali uma trela. Mais tarde, muito mais tarde, seria posto em liberdade.

quarta-feira, junho 25, 2003

In case you didn't know
"According to a major search engine the term penis en l a r g e m e n t was searched 154362 times last month. Sexual performance was searched 8092 times (...) SEE WHAT ENLARGO CAN OFFER YOU !!TODAY!!" in mail, spam.
C.E. Standard
As coisas começam a ficar seriamente preocupantes quando, na mais suburbana das tascas, os pires trazem caracóis, todos com o mesmo tamanho de tripa.
- Este não é o lado que me favorece mais...Alien update
Uma vez fiz 3000 quilómetros para ir tomar um copo ao Bar Giger no Chur, Suiça. O dia estava quente e apetecia-me algo fresco. Meti-me a caminho e isso fez de mim, automaticamente, um dos maiores fãs do homem que concebeu o monstro definitivo, a encarnação perfeita do medo. Recentemente entrei em contacto (mail) com o agente do Giger. Expus-lhe a minha ideia, possuir um original do artista, preferencialmente um quadro do tipo 'bio-mechanic landscape', aqueles que calculava seriam mais acessíveis. O agente respondeu-me informando-me que Giger já não pintava e estava inclusive apostado em recomprar muitos dos quadros que vendera, para agora “equipar” a colecção particular do seu museu. Ainda assim, se eu estivesse MESMO interessado, talvez me conseguisse algum quadro menos famoso junto de um coleccionador, mas que nunca me ficaria por menos de 5 ou 6 mil contos (!!) O pior não é não ter o dinheiro. O pior é não ter dinheiro e ter-se a certeza absolutíssima sobre o que se faria com ele se o tivéssemos...
Sou mesmo um fã, na verdadeira ascensão da palavra, do Giger, principalmente do Alien, criatura pela qual tenho um quase mórbido fascínio (há quem defenda que qualquer fascínio por aquilo só pode ser mórbido!). Como é natural sou consumidor da série de filmes, por ora, quatro obras primas do cinema fantástico, todos eles adjectiváveis mas todos quase impossíveis de ordenar por ordem de preferência. Cada filme parece ter tido o realizador e a história certa no momento certo. Ao contrário de outras sequelas, todos os filmes têm honrado o primeiro que por sua vez honrou a arte de Giger ao concretizar na tela, dessa forma tão palpável como só o cinema consegue, grande parte do universo perturbador do artista.
Esta minha lenga-lenga, serve apenas para anunciar ao pequeno mundo que me lê e que eventualmente, e porque terá mais que fazer, ande desapegado destas coisas, que o 5º filme está na forja. As filmagens podem começar ainda este ano. Sigourney Weaver não está dada como certa no filme, assim como não se sabe se a história se desenrolará no espaço, na terra ou no planeta nativo dos Aliens, hipótese mais interessante e defendida por Ridley Scott, o realizador do primeiro filme, que já mostrou interesse em participar no projecto desde que seja para acabar de vez com a série. James Cameron (realizador do 2º mas também desse monte de lixo irreciclável que é “Titanic”) poderá ser o argumentista e produtor, e Paul Anderson (Mortal Combat, Event Horizon, Resident Evil) o realizador de serviço fortemente apontado caso a opção do 5º filme seja concretizar a cantiga “Aliens vs. Predator”, receita já experimentada com sucesso nos video-jogos e na BD. O competente Joss Weddon (escritor do 4º filme) é um dos prováveis guionistas também.
Melhor que a Lusa!

terça-feira, junho 24, 2003

A união faz a forca- Uff! Finalmente um sítio à maneira para atar uma corda e... estender a roupa!
Se há coisa que não suporto é o concenso. Encerra em si um perigo qualquer, algo de inexplicavelmente desconfortável. Não tanto do tipo "pedra no sapato" ou "unha encravada" mas mais "comichão no toutiço". Naturalmente haverá um termo clinico para este meu sintoma. Ocorre-me a imagem dum imenso marasmo de pessoas obedientes e concordantes, maiorias que não são mais que rebanhos de carneiros anónimos, ordeiros, comandados por um pastor por sua vez caseiro dum patrão qualquer... Lembram-se do genérico do "Tal Canal" ? "Méeee! Mééé!"... Meia duzia de focas amestradas que batessem palmas sempre que aparecesse uma bola por perto também servia. "Clap! Clap!"
Não é nada recomendável ser-se chato mas ser-se do ‘contra’ nunca fez mal a ninguém. Não ver o que toda a gente vê, não ler, não bater palmas àquilo a que todos aplaudem, não estar onde está toda a gente está, enfim, não fazer orgulhosamente parte da maralha.
Há que ter sérias reservas sobre as tendências dessa maioria unida que brame, gente que não é de confiança. Não se notam os seus nefastos efeitos colaterais por toda a parte ?
Há que pensar pela própria cabecinha. Dá trabalho, e oh meu senhores, que trabalheira! Por isso a união faz a forca ao indivíduo, oferecendo-lhe uma suave morte cerebral, a anestesia do pensamento. Poupa-lhe o labor, mas tira-lhe essa incómoda diversidade, bem cada vez mais prescindível para a maioria, só preservado e apreciado com o requinte de alguns...

sexta-feira, junho 20, 2003

Bucho
Acabei de atravessar o largo do rato com o sinal vermelho, três bejecas, um croquete, um pastelinho de camarão e uma quantidade indeterminada de tremoços no bucho. Não tente fazer isto em sua casa.
Novo endereço
www.especiequalquer.blogspot.com.
Bacalhau inútil Venha de lá esse escamudo!
Por mais que me esforce, não me consigo imaginar na pele daquele gajo e descortinar o que passará naquela cabecinha. Passo a explicar, que por força da minha actividade profissional, desloco-me frequentemente a certo local que viu reforçada a sua segurança à entrada com mais um elemento. Segurança privada, típico, um gajo que curiosamente já fizera segurança no edifício onde trabalho, velho reconhecido. Ditaram então ordens superiores, que cada pessoa que ali entrasse, fosse quem fosse presumo, teria a partir de então de mostrar a sua identificação. Compreende-se, porque é local de muita devassa, muito turista perdido ali espreita porque aquilo por fora tem ar de casa apalaçada, museu, monumento nacional pela certa. Outra gente ali vai, entre eu e muitos outros anónimos ou não, por razões que desconhecerei ou que não serão para aqui chamadas. Mas eu sou habitué, assim como sou já conhecido do segurança, um gajo que impõe respeito, correctíssimo e com uma peculiaridades na linguagem e no trato que não passarão despercebidas ao utente do local. Há sempre uma troca de bacalhaus à entrada e um até breve à saída sem que isto signifique um tu lá e um tu cá que é compreensível não existir: “Como está... Cumprimentos lá ao senhor fulano.... E o senhor beltrano nunca mais o vi por aqui... Hoje está muito calor...” Logicamente, seria de supor, sendo eu pessoa conhecida já se vê, que o segurança, tendo eu dado prova mais do que uma vez da minha identificação, não me voltasse a pedir a mesma. Mas não, o homem, cumpridor escrupuloso das suas funções, não se duvide, lá me questiona, barrando-me discretamente a entrada. E não é preciso dizer nada que eu já sei. Bacalhau (se calhar é mais escamudo=peixe parecido mas que não é bacalhau, e que por vezes é vendido em alguns supermercados como sendo) e vai-se procurar a identificação na carteira. Há que fazer prova da identidade. “É assim que tem que ser e ordens são ordens e eles mandam e nós cumprimos”. Mas porquê ??!! Porquê ritual inútil e repetitivo ? Eu não sou da casa mas é quase como que fosse. O gajo não se lembra de mim ? Estive ali ontem. Ou é como o outro do “Memento” cuja memória, o conhecimento e a lembrança de pessoas e locais não ia além dos últimos quinze minutos ? Não compreendo este excesso de zelo, o que vai naquela cabecinha. É suposto pôr-mo-nos na pele dos outros para tentar compreender as suas motivações e as causas para determinadas atitudes. Exercício no qual julgo ter alguma habilidade. Mas neste caso, que começo a julgar perdido, não consigo. Em conversa com outros colegas, todos são alvo daquele mesmo zelo e quase todos já sentiram o horror de ali terem chegado um dia esquecidos da identificação: “hoje passa mas da próxima vez...!”. Alguns que até têm inclusive confiança com o gajo segurança ao ponto de discutirem sobre bola, carros, bola e carros (!) A inutilidade é coisa que emprega muita gente neste país. Acredito que deve haver funcionários públicos em Ministérios cuja tarefa será simplesmente estarem sentadinhos junto às portas levantando-se para as abrir e fechar à passagem dos senhores da casa. E o pior é o excesso de zelo na inutilidade e na autoridade do qual é exemplo cómico aquele segurança.
Quando entro no Blogger, ele reconhece-me. Inseri uma vez a password, identifiquei-me uma vez e a máquina desde então nunca mais me pediu identificação. E nunca lhe dei um bacalhau...

terça-feira, junho 17, 2003

New Feature!
Longe de nos propiciar qualquer tipo de exaltação, presenciar a 'morte' dum blog cria em nós uma sensação qualquer assim do tipo “eles vão-se mas nós ficamos”... Nós, os que continuamos ou os que resistimos.
A única coisa boa num funeral, principalmente quando não é o nosso, é encontramos sempre amigos que já não víamos há muito tempo. Não se tratando aqui de qualquer enterro, ficamos no entanto com a sensação de não mais encontrarmos estas espécie de amigos que nunca vimos.
Crio uma nova secção de links - R.I.P. (rest in peace, trad: “Resolveram Ir Parar”) - , com endereços de blogs que por um motivo qualquer ou por que lhes deu na veneta, bloquearam, pararam, ficaram-se durante a vigência deste meu mandato. Todos eles, merecedores duma ressuscitação isenta de milagre, que não passem de breves e suaves hibernações.

- Estou a ficar febril
- Sim nota-se na tua cara que estás
- Com vontade de ir embora
- Tenho tanto para fazer
- O médico passa-te um atestado
- De certeza
- Isto é algum dente
- Tem que se arranjar
- Uma tanga não é
- Não se nota o vermelho
- Isso passa, dura pouco
- O efeito do Prozac

segunda-feira, junho 16, 2003

Lábiatomia (reloaded:18.06.2003)
No Sábado estive a ver televisão até tarde, passava da meia noite. Vi o rosa choque, um programa que serve para demonstrar o quão medíocres conseguem ser gajas supostamente respeitáveis como Julia Pinheiro naquele seu esforço ingloriamente histérico de dar nas vistas/cameras, Margarida Rebelo Pinto, versão gaja que não parece mas vende livros como o caraças, ou quão espertalhona e impossível de aturar deve ser a Teresa Guilherme quando alguém lhe diz “passas-me o sal ?”. Programa didáctico como se vê. Reparo que estou para aqui a dizer mal de pessoas que não conheço pessoalmente, numa maledicência quase como se fosse nas costas delas, sem hipótese de se defenderem. (Nunca percebi esta expressão do “falar nas costas” (!). Se alguém me falar nas costas, só se for surdo não vou ouvir! Mesmo que falem muito baixinho, os sussurros ou os beijos na boca serão audíveis. Proponho a expressão “falar longe das costas”) Mas ao mesmo tempo estou a promover de borla o programa, simplesmente por estar a falar dele. Vou agora parar uns segundos para tentar arranjar mais um subterfúgio qualquer que legitime esta minha pouco recomendável atitude e esclarecer-me... Arranjei. As gajas que se expõem daquela maneira estão mesmo a pedi-las! Dê-me um sinal de televisão e lutarei com as mesmas armas, ou que venham elas sem betume na cara e dir-lhes-ei frente-a-frente o mesmo que escrevo. Paciência, é um risco que corre todo o bicho careta que aparece na televisão, local que, como diz muito bem a fabulosa Madonna, “só é bom se for para aparecermos nele”. Nem tudo podem ser rosas!
Esclareço-me desde já que o que me agarrou ao televisor não foi aquele gajedo e que tal acontecimento, raro, não significou de maneira nenhuma um sintoma duma qualquer tele-dependência latente e inconfessada. De facto vejo tão poucas vezes televisão que cada vez que a ligo, vou sempre espreitar atrás a ver se lá estão as pessoas que aparecem no écran.
E como é natural, não me fui pôr á frente do televisor à espera dos sketchs patéticos do rosa choque ou captar esse momento sublime que seria ver a Teresa Guilherme de boca fechada. Não, como pessoa decente e altamente recomendável que sou, acabara de ver o “Lugar da História” do Canal 2, documentário sobre os sodomitas Espartanos, quando fiz um zappingzinho inocente daqueles tipo “não me apetece ainda ir já para a cama, deixa cá ver se está a passar alguma telenovela erótica venezuelana”. O Herman era o convidado. Não bastaria, mas o desenrolar dos acontecimentos, aquele visível fosso cultural, intelectual, a riqueza interior entre o convidado e as gajas, aquele escandaloso contraste manteve-me acordado mesmo depois de ver a Julia Pinheiro descascar um pepino, momento crítico da noite. A fulana agarrava no pepino como se tivesse a agarrar numa faca e vice-versa. A custo lá descascou a faca, perdão, o pepino, mas da forma fálica do mesmo e muito dada a piropos, que diga-se de passagem, não se verificaram ‘against all odds’, restou uma forma paralelipipeda tipo construção Lego, sem restea de casca, obviamente. Lá explicou o humorista acossado que umas tirazinhas de casca eram necessárias porque continham umas enzimas que facilitariam a digestão. E foi este pequeno instante crítico, que me fez pensar sobre o que é afinal preciso uma gaja ter para aparecer na televisão... Saber descascar vegetais não é certamente. O tempo das cunhas já lá vai e só é válido para empregos burocráticos que ninguém quer. De aptidões técnicas, intelectuais ou físicas estamos falados... Ora, o que é preciso ? L-Á-B-I-A. O lábio pode fazer muito pela carreira de qualquer gaja, mas a lábia é a chave mestra que permite abrir todas a portas e escalar para o topo das audiências. Enquanto nós gajos utilizamo-la para fins pacíficos, como seja sacar o número de telemóvel da repositora apetecível dos presuntos pata negra no hiper, elas utilizam-na para se armarem em boas na televisão e ainda ganharem dinheiro com isso. Rapidamente entram num circulo vicioso, televisão, dinheiro, operação plástica, televisão, dinheiro, operação plástica, com muita roupinha de marca, sessões de massagem e pedicure, e anúncios para instituições de caridade pelo meio. De gajas absolutamente normais ou até a roçar o fatela mas com lábia, passam a gajas visivelmente suportáveis e hipoteticamente comestíveis com muita lábia.
No próximo Sábado, segunda parte do documentário sobre a cidade estado de Esparta.

Ps: Aparece também no Rosa Choque um fulanito inútil que, ao que parece, disse uma vez que se não fizesse televisão matava-se. Compreendamos o desespero. Afinal, a vida não está cá fora, está lá dentro... Esta espécie de auto lobotomia pode causar este tipo de delírio que depois resulta muito bem na televisão made by teresa guilherme.

quinta-feira, junho 12, 2003

Fora do penico
A minha maior lacuna não é não ser capaz de apreciar um bom vinho ou nunca ter ido assistir a um jogo do Benfica ao vivo. Muito menos é nunca ter estado em Novaiorque, Queluz ou no quarto da Monica Bellucci. A minha maior lacuna é não ser uma besta. E que jeito me dava. Não se confunda com a reconhecida e mui vulgar besta quadrada, versão torpe, um erro genético. Antes uma besta, simplesmente, mas com a mesma sensibilidade, bom gosto e sentido de estado que tenho. Mas infelizmente não sou... Na tropa, quando formava o pelotão, ficava para lá do meio, do lado do pessoal com menos caparro que é desta forma que se ordena o pelotão. A questão do caparro não quer dizer nada. Mas os olhos também têm medo, e a primeira impressão, a impressão do arcaboiço é a imagem de marca de qualquer besta que se preze. De longe ser eu uma besta. A minha sombra desde sempre me pareceu ridícula, principalmente quando ao sol de fim de tarde.
Sim, se eu fosse uma besta, a humanidade só tinha a ganhar. Não havia estúpido nas redondezas que já não tivesse levado no focinho ou nas trombas e aprendido com a sua própria estupidez e os meus próprios metatarsos. Consequentemente, familiares e amigos, vizinhos e inimigos dos estúpidos só tinham a ganhar com a humanização do animal. Não duvido que muitos passariam a ser bons país, melhores maridos e verdadeiros amigos do seu amigo depois de levarem nos cornos. Quiçá me ultrapassariam em virtudes e muitos depois pagar-me-iam umas bejecas tentado convencer-me a revelar-lhes o segredo da minha bestialidade. Coisa que teria sempre todo o gosto em revelar, se truque ou sabedoria fosse, assim houvessem tremoços a acompanhar a fartura da cerveja.
Hoje, por exemplo, aconteceram-me duas situações onde, só eu sei quanto, me trucidei interiormente por não ser bruto que nem uma besta. Logo ao começar do dia, pacatamente no meu automóvel, à entrada da ponte, naquela zona onde por milagre as três faixas passam a uma, isto depois de 6 terem passado a três e assim sucessivamente desde as portagens, dizia que, respeitando escrupulosamente a regra da alternância democrática, ou seja, passa agora um desta faixa, passa outro da outra e depois da outra e volta à primeira, um animal pôs-se a apitar. Só porque ia 10 cm à minha frente, julgava-se ter o direito de entrar imediatamente atrás do gajo que ia à sua frente na mesma faixa e que acabara de entrar. Obviamente que parei, baixei o vidro, sorri e... E depois lembrei-me que não era uma besta e não poderia fazer o favor que os olhos da miúda que ia com o animal me pediam: agarrar-lhe pelos colarinhos, atar-lhe a gravata ao para-choques e dár-lhe um carolo na mona (uma besta sem sempre precisa ser bruta; basta-lhe por vezes subtilmente causar a humilhação, coisa que muitas vezes é remédio santo e inesquecível). Claro que não podia fazê-lo. Sujeitava-me a levar eu no rosto, na cara. A razão dá-nos muita força, é certo, mas é mais força moral que força de braço, murro e pontapé.
Mas o pior ainda estava para acontecer. E quanto fervi interiormente, que conflito enorme entre esta minha condição de gajo desarcaboiçado e espírito rufia. Ao virar da esquina, dou com um cão a cagar em cima da nossa preciosa calçada portuguesa, e o dono, trelinha na mão, à espera, pacientemente à espera que se consumasse o atentado. O que é que um gajo pode fazer numa situação destas ? Em primeiro lugar, claro está, ter o cuidado de não pisar a merda, e em segundo conter-se ao máximo para não ir ao focinho do dono da trelinha. Neste caso, não só correria o risco de levar no rosto, como ainda levar uma dentada daquela amostra de cão que no entanto cagava como os grandes. A uma verdadeira besta bastaria ter arregalado os olhos para pôr imediatamente o dono a fazer o mesmo que o canídeo fazia. E caso o gajo se armasse em tótó e não fizesse continência, se se fizesse despercebido, trocava de cachaço à trela, e punha-o de gatas a fazer um castelinho na calçada e depois obrigava-o a trasladá-lo com o máximo dos cuidados para não desmanchar as ameias, para o caixote do lixo mais próximo. Uma verdadeira besta é assim, justa, implacável, imponente, e ninguém na sua presença pia, mia, rosna ou caga fora do penico.
Vou agora para o ginásio dar-lhe com força.

quarta-feira, junho 11, 2003

Eros
A página deste blog, ao carregar, dá erros. Se são erros ortográficos, obrigadinho, eu sei. De vez em quando dou umas calinadas que só visto! Desculpo-me com o facto de ter que escrever à pressa, reler e depois publicar da mesma maneira... Estaria mais preocupado se não soubesse da existência das asneiras. Quem me lê e relê, talvez já tenha reparado que por vezes volto atrás e edito os posts. Pode ser que com o tempo a coisa melhore. Tudo melhora com o tempo... até certo dia.
Dor nas costas
Carregar com mais de quinhentos quilos de terra, a balde, sozinho, dum lado para o outro, pode ser uma profunda e marcante experiência filosófica. Só faz é bem. Recomenda-se que a distância dum lado para o outro seja entre os 50 e 100 metros e que o balde seja uma daquelas latas de tinta de 25 litros. Ao final da tarde.
Maldita mania das fotos em macro!Icone 4.0
Acho que deve ser caso único na medíocre história da humanidade. Uma gaja com um apelido italiano faz uma aparição num filme, não mais de dez minutos, e na Premiere portuguesa aparece na capa, à frente dos dois principais protagonistas. Compreenda-se o espanto. É que na Maxmen a rapariga tem honra de capa porque merece. Agora, a Premiere, é cinema senhores! Falo de Monica Bellucci, do Matrix, e está tudo explicado e perdoado. No próximo Matrix, ao que parece, a actriz, que já foi considerada (e com ampla razão) a mulher mais desejada do planeta, terá um maior protagonismo ficando-se na dúvida sobre se os irmãos Wachowski vão saber aproveitar aquela curvilínea matéria prima e saber brindar-nos com uns planos à maneira, que são, como se sabe, os planos favoritos da malta.
O que mais aprecio na Monica, para alèm do seu apelido, é o facto de dar toda a impressão de ser uma rapariga que não consome revistas femininas. Como dizia uma colega minha, aquele tipo de literatura está cada vez mais degradante e resumido, apostado apenas em "ensinar" as mulheres a excitarem os homens. Um sentido de missão honroso e util, não duvidemos para um sem números de camaféus e gajas fatelas que infelizmente se passeiam por aí fora. E a julgar pelas tiragens desse tipo de pasquins, quantas mais não estão entre quatro paredes. Como dizia muito bem a minha avozinha, "há coisas que não se ensinam". Digo eu que "a Mónica sabe-a toda". E nós gajos, damos muito valor a gajas assim, que até parece que já nasceram ensinadas.
A Monica também entra de carne e osso no jogo para PC, baseado no Matrix, onde podemos vê-la aos beijos (a cena é a mesma que no filme com o Neo) mas com aquela capitã Niomi (creio não ser este o nome, mas é algo parecido). Do quarto das amigas para os filmes do David Lynch, das telenovelas da globo para os jogos de computador, o lesbicismo (é assim que se diz ?) é um fenómeno interessante e excitante, e que facilmente se generalizará nos próximos anos, não duvido. Há público e a malta gosta. O heterosexualismo (é assim que se diz ?) também começa a ser um fenómeno.
Dor na barriga
Tinha alguma curiosidade em provar comida africana e um dia destes, daqueles dias em que se está com tanta fome que venha o que vier marcha, arrisquei e mandei vir o prato do dia, moambada.. Rapidamente descobri que a carne vinha acompanhada de uma matéria gelatinosa e viscosa, à vista, uma espécie de cruzamento entre alforreca e massa de silicone transparente para vedar loiças de casa de banho! Aquilo é intragável! Mas é mesmo, não estou a exagerar. E qual experiência filosófica o tanas! Paguei 7 euros que me lixei que o dono do restaurante não tem culpa das minhas niquices.
Feira
Volto à Feira do Livro pela segunda vez este ano, hoje de propósito para comprar o livro do dia da Editora Guimarães (das primeiras barraquinhas do lado esquerdo para quem sobe). Termos editoras que editam livros de autores como Nietzsche ou António Pocinho é actualmente a única coisa que nos distingue dos países do terceiro mundo. E por falar em Pocinho, a mui nobre editora Fenda não tem direito a barraquinha este ano. Há três anos seguidos que o “Elucidário Sexual” se mantinha naquelas bancas a 500 paus, a prenda ideal para oferecer às sogras deste miserável país. Este ano os livros da Fenda estão nas barraquinhas da Cotovia (as primeiras barraquinhas do lado esquerdo quem desce).

sexta-feira, junho 06, 2003

Sentido da Vida #2
Inconfundível com a Arrábida do Porto, o Portinho da Arrábida é um dos locais pequenos mais belos e inspiradores. Quem lá for ao princípio da noite, tipo fora de horas, irá perceber porquê; logo a começar pela vista do caminho até lá abaixo. É pena que aqueles restaurantes, que matam o bater das ondas, mais pareçam cais de embarque abandonados forrados a espelho e azulejo, e que no mar nunca consigamos ver os golfinhos que a tabuleta no estacionamento promete. O Portinho fica cedo sem sol, sem saladinhas de polvo, mas também sem gente. Fica apenas o indispensável e um cão ‘serra da estrela’ que dorme como um gato.

Filha
Já me começa a fazer falta um jogo novo...
Pai
E para que queres tu o jogo ?
Filha
Para jogar.
E porque é que não se consegue comer o raio duma bifana inesquecível ?

quinta-feira, junho 05, 2003

Destino
Não acredito no destino. Não acho que algures alguém alguma vez se tenha dado ao trabalho de traçar o destino de alguém. Cada um constrói o seu e já vai com muita sorte. Qual “era o destino, tinha que ser” qual carapuça! Nalguns casos ou se tem azar ou sorte, ou então não se tem nem uma coisa nem outra e vai-se desta para melhor.
Cada um constrói ou destrói o seu próprio destino e os destinos reluzentes ou em ruínas podem cruzar-se, influenciar-se, pedirem matéria prima uns aos outros...
É que o destino está sempre em construção ou remodelação e acenta sobre os poderosos pilares das decisões que tomamos perante o imprevisto ou o previsivel. E tomamos milhares de decisões por dia. Aparentemente as mais importantes são aquelas, uma ou outra, que podem previsivelmente influenciar o nosso destino. Mas é só aparentemente. Enquanto escrevo, tomo repetitivamente a decisão sobre qual será a palavra, a letra seguinte. Tomo repetitivamente a decisão de voltar ou não voltar atrás, reler, apagar, ou continuar, caminhar para o absurdo, filosofar, ajavardar, decisões atrás de decisões mais ou menos conscientes que vão influenciar o meu destino, por mais insignificantes que possam parecer. Se demorar mais um ínfimo segundo que seja nisto, será o suficiente para quando daqui a pouco me levantar e quiser ir lá abaixo ao pequeno almoço, já não ir naquele elevador que irá avariar-se entre o 1º e o 2º andar. Descerei pelas escadas, tropeçarei num atacador e cairei desamparado nos braços duma cadeira que estava ali a arranjar. Partirei duas costelas. Na ambulância, a caminho do hospital, uma fulana da Cruz Vermelha, que preenche um boletim de totoloto, toma a decisão de me pedir seis números. Eu tomo a decisão de lhe dizer uns números quaisqueres enquanto reparo como ela não é mesmo nada de especial. Se fosse uma gaja boa tinha dito números provavelmente completamente diferentes (o número do meu telemóvel por exemplo...) mas assim sai-lhe o primeiro prémio da semana seguinte e eu nunca chegarei a saber.
Percebe-se a sequência, como todas as decisões podem influenciar outras decisões, destinos e vidas, e interligarem-se num pequeno caos de micro e macro acontecimentos e situações. Está tudo em aberto ao encontro do acaso, sorte e azar, aguardando decisões, opções e vontades que despoletarão outras, vários rastilhos que se cruzarão em novos sentidos.
Vou neste momento deitar fora a pastilha, que mastigo, já sem sabor. No lixo será lixo. No sapato de alguém será o destino.
Está tudo por escrever.

segunda-feira, junho 02, 2003

Hoje uso o do meio que me fica bem com a franjinha! Parto difícil
Por detrás dum comportamento rebelde e provocatório, excitante, por vezes corajoso e surpreendente, está o desejo latente duma estúpida e assustadora normalidade, que se manifestará mais tarde ou mais cedo de forma dolorosa para quem está ao lado fascinado com o toque.


De volta ao Blogger

Depois de uma passagem pelo Weblog, o espécie volta ao Blogger.